sexta-feira, 25 de março de 2016

A Concentração Mística

A CONCENTRAÇÃO MÍSTICA




A arte da concentração é mais difícil de dominar do que imaginamos. Dentre as pessoas que tem capacidade para se concentrar, poucas desenvolvem a arte da concentração ao ponto em que ela se torna valiosa. É verdade também que nos dias de hoje o homem não encontra tempo para a concentração e harmonização em silencio, quando pode ouvir a voz interior.
Mas falando em concentração, é curioso notar que, com freqüência, não pensamos no significado das palavras que usamos. Elas vão se encaixando naturalmente no que estamos dizendo. Mas qual é nossa compreensão desta palavra?
Bem, se usamos a palavra concentração com referencia a vários objetos espalhados que queremos apanhar, pensamos em juntar os mesmos e coloca-los em uma caixa, estaremos concentrando-os no recipiente.
Se tivermos uma sessão branca em nossa loja e várias pessoas estão aguardando que as portas do templo se abram, podemos dizer que há uma concentração de pessoas junto a porta. Porém não é nesta concentração que estamos interessados.
Consideremos a concentração no sentido psicológico ou mental. Suponhamos que estamos tentando enfiar uma linha em uma agulha muito fina. Teremos que concentrar nossa visão no trabalho que estamos realizando.
Outro exemplo seria se estivéssemos escutando um pianista famoso executando uma música, neste caso estaríamos focalizando a audição naquele ato.
Nos exemplos acima estamos usando nossas funções de percepção objetiva e podemos chamar de concentração objetiva
Todas as impressões que temos do mundo físico, nos chegam através de nossos cinco sentidos, quais sejam, visão, audição, olfato, paladar e tato. Portando nós percebemos o mundo pêlos sentidos que possuímos. Recebemos as vibrações de luz, odor, calor, sons e sabores através de nossos sentidos que enviam estas vibrações para nosso cérebro, este processa as informações e as transforma em sensações, as quais sensibilizam nossa consciência.
A consciência por sua vez, é uma corrente de sensibilidade que possui gradações ou níveis que podemos dividir em objetiva e subjetiva, e uma fase mais profunda a qual denominamos de subconsciente ou inconsciente.
Fazendo um parêntese aqui para esclarecer que as denominações de consciência acima, nada tem haver com a medicina ou psicologia, visto que estas não fazem parte do escopo deste trabalho, as denominações que usamos, são para facilitar o entendimento.
A consciência objetiva diz respeito as coisas exteriores à mente enquanto que a consciência subjetiva trata de estados ou processos interiores da mente e é esta fase que mantém contato com o subconsciente, o qual por sua vez interage com a mente cósmica.
A concentração mística tem atuação nessa fase de nossa mente, portanto é esta concentração que nos interessa. Ao tornarmos nossa consciência sensível a impressão de somente um de nossos sentidos físicos, e suprimimos as demais faculdades sensoriais, dizemos então que estamos nos “concentrando”. Ao tentarmos anular as sensações recebidas e focalizarmos nossa atenção em uma única idéia ou pensamento, estamos entrando no estado de concentração. Mas esta concentração não passaria de uma concentração objetiva e não possui muito valor prático.
Com um pensamento em mente nos recolhemos a um ambiente calmo e tranqüilo e eliminamos todas sensações recebidas por nossos sentidos, procuramos nos esquecer que estamos no mundo, projetamos o pensamento em nossa tela mental e procuramos vivenciar esta idéia ou pensamento, então estaremos entrando em nosso subconsciente e em concentração mística. Utilizando a passividade tornamos a consciência subjetiva receptiva às funções da fase subconsciente. Isto é concentração mística
Utilizamos a concentração mística por exemplo: quando queremos vender uma casa ou carro, conseguir um emprego, construir uma casa, avisar alguém distante que queremos lhes falar, e muito mais coisas. A concentração mística é uma arma valiosa e muito utilizada pêlos místicos
Porem para se obter resultados é preciso observar três passos no exercício da arte da concentração, a saber: Propósito, Motivação e Merecimento.
Primeiro, deve-se ter em mente um propósito claro. Deve ser um só objetivo, no qual irá focalizar seus poderes mentais. Uma combinação de pensamentos impede a concentração e certamente afetará adversamente o propósito.
Segundo, não devemos ter um motivo egoístico. Se você busca algo somente para seu benefício, seu propósito fracassará. Pense sempre que o resultado será compartilhado de alguma forma. Não é errado desejar alguma coisa que represente ganho pessoal, desde que esperemos usar essa dádiva em benefício de outros.
Terceiro, o merecimento. Depois de ter um propósito e uma motivação claros, devemos considerar se o que desejamos é merecido. Devemos sempre lembrar se o nosso desejo esta em harmonia com as leis universais.
Para finalizar, vamos fazer um pequeno exercício. Normalmente os neófitos começam com exercícios de cores, por serem mais simples. Concentram-se em uma cor, depois em pontos, para treinar.
Vamos a titulo de exemplo, verificar os procedimentos para uma concentração mística, no caso do desejo de construir uma casa nova. Isto poderá ser praticado em casa.
Com a idéia única em mente, de construir uma casa e que essa casa poderá ser desfrutada por amigos, que poderá recebe-los para o lazer, e que não sabe de qualquer motivo pelo qual não ter seu desejo concretizado, sente-se em silêncio em um quarto escuro, onde não poderá ser perturbado por alguns instantes, feche os olhos e relaxe. Procure ficar confortável no assento e o mais relaxado possível. Pinte um quadro mental daquilo que deseja, veja claramente uma linda casa pronta.
Visualize-a em todos os detalhes..........a fachada......o desenho das portas e janelas.........as cores......desenhe o jardim.......a grade ou muro....... você está no portão de entrada recebendo amigos. Quanto mais detalhes melhor. Torne o quadro tão real quanto possível. Após isto, procure parar de pensar no quadro, libere-o de sua mente e permaneça passivo por alguns instantes. Algumas idéias poderão surgir em sua mente.
Vários outros casos poderão ser praticados, procure sempre ter em mente a idéia pronta, acabada, como a casa por exemplo, deverá estar pronta e não em construção. 

Nilson Lauro Bulgarelli, FRC , M.´.M.´.




Obs. Este trabalho consiste de uma idéia formada através de alguns anos de estudos, não expressando o ponto de vista ou ensinamentos de nenhuma religião, seita ou organização.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Tempo Existe?

TEMPO EXISTE?


O Universo é um oceano de energia, vivemos submersos neste oceano.
Como a energia tem caráter vibratório, podemos inferir que tudo que existe vibra, sendo o numero de vibrações que determina a pluralidade da constituição do universo.
Temos então uma escala de vibrações, da mais sutil ate a mais grosseira.
Sabemos que a mais sutil ou a freqüência mais elevada, provem da Alma Universal, da qual somos uma extensão ou segmento.
Interessante notar que “somos” uma extensão da Alma Universal, veja bem, vou repetir, “somos uma extensão ou segmento da Alma Universal”, que por sua vez é a fonte de todas as fontes.
Porem quando pensamos em nós fisicamente, sabemos que nosso corpo não vibra em freqüência elevada, uma vez que a matéria possui vibração em freqüência baixa, ou “densa”, como se costuma dizer.
Concluímos assim, que nosso corpo foi planejado para abrigar um segmento da Alma Universal, em um meio de baixa freqüência, visto a Essência Universal não poder se manifestar no plano físico de baixa freqüência vibratória. Então, não somos um corpo que contem uma partícula da Alma Universal, e sim um segmento do Todo que habita um corpo físico. Bem, toda essa introdução para exprimir o raciocínio que segue:
Como disse Einstein em sua famosa equação, E=m.c2, massa (ou matéria) nada mais é do que energia concentrada, ou compactada. A equação nos diz que, se acelerarmos uma massa qualquer até bem próximo da velocidade da luz, esta se transforma em energia. Disse Einstein ainda, que quanto mais próximo da velocidade da luz o tempo começa a se “alongar” ou “esticar”.
A velocidade da luz (onde tudo é energia), o tempo para indefinidamente, ou não existe. Como o Cósmico é absoluto, em Sua escala vibratória ou próxima a essa escala, tudo é absoluto. Por isso Deus É. À medida que uma partícula ou segmento do Absoluto vai descendo na escala de vibrações, para poder Se manifestar no mundo físico, ao mesmo tempo vai, também, adquirindo individualidade ou relatividade, que por sua vez, vai imprimindo o tempo e espaço, no qual a matéria possa existir, em vibrações menores.
Por outro lado, à medida que vamos evoluindo em espiritualidade, vamos deixando a matéria, até nos tornarmos seres imateriais, que libertos da matéria, podemos viver em planos vibratórios mais elevados, planos estes onde seus habitantes existem por tempo medido por nós, muito longo. (Vide seres ascensionados)
Logo o tempo esta atrelado ao mundo material e só temos noção do mesmo por estarmos revestidos em corpos físicos com seus atributos.
O tempo faz parte do mundo de “Maia” indiano, ou ilusão.
A física quântica nos diz que o spin do elétron, diferencia a matéria física da não física, ou energia, bem como, os elementos constituintes do núcleo atômico, prótons e nêutrons, nada mais são do que combinação de um trio de elétrons com spin diferentes, ou os chamados quark.
Finalizando, o tempo nada mais é do que um atributo da matéria com sua vibração determinada, a qual, por sua vez sensibiliza nossa consciência objetiva através de nossos sentidos físicos. Quando atingirmos o almejado Nirvana, estaremos na corrente do Inconsciente, onde o tempo tende ao infinito e vivenciaremos a Paz Profunda!
Bem, vamos ficar por aqui para não entrar em termos técnicos de física, que não faz parte do escopo do tópico e para não alongar, ficando apenas no principal, bem resumidamente.
Sinceros votos de Paz Profunda!

Nilson L. Bulgarelli, FRC e M.`.M.`.

Agosto de 2007 

Escolas de Pensamento Maçônico

ESCOLAS DE PENSAMENTO MAÇÔNICO

Por certo as origens da Maçonaria se perdem na antiguidade. O estudo da Maçonaria conta hoje com conhecimentos históricos e científicos, e nos levam às mais variadas e até interessantes informações sobre a História da Ordem.

Em decorrência disto, e de outras linhas da investigação, concluímos que existem quatro escolas ou correntes principais do pensamento Maçônico, a saber:

Escola Autêntica
Os registros encontrados das antigas tradições da Ordem, nos dizem que a escola surgiu na segunda metade do século XXI. Poucas informações se conseguem desta Escola, visto que, na época era tida como uma sociedade secreta, de que muita coisa jamais foi escrita, e sim transmitida oralmente nas Lojas.
Verifica-se nesta Escola uma tendência a negar a validade dos graus superiores. Para os mais rígidos seguidores desta escola, a legítima Antiga Maçonaria é formada por três graus apenas, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, incluindo a Suprema Ordem do Santo Arco Real.
Os demais graus e ritos não passam de inovações que devem ser rejeitados.

Escola Antropológica
Os Antropólogos procuraram encontrar a origem dos antigos mistérios iniciáticos de tribos selvagens existentes na África e Austrália. Essas tribos utilizavam sinais e gestos ainda em uso entre Maçons. Também foram encontradas analogias entre a filosofia religiosa da Índia e Síria, e os ritos maçônicos.
Dessas investigações dos Antropólogos, podemos concluir que a Maçonaria contém ricos sinais e símbolos herdados de antiguíssimas tradições do culto religioso.

Escola Mística
Esta escola contém todos os elementos que a torna como um plano para o despertar espiritual e o desenvolvimento interior do homem.
A Escola Mística, da uma natureza muito mais elevada dos ritos Maçônicos, onde os símbolos dos graus revelam estados de consciência que serão despertados no iniciado.
Sabemos que o objetivo do misticismo é a união direta com a divindade, sendo então, a oficina, a senda para esse objetivo, a qual orienta o Maçom na busca da divindade. O místico lança mão da introspecção e no estado contemplativo vivencia a ligação do mundo das formas com o divino.
A escola mística deplora o fato de a maioria de nossos irmãos modernos ter perdido sua herança maçônica, que permitiu que os antigos ritos se reduzissem a pouco mais que formas vazias.

A Escola Oculta
A quarta escola de pensamento é representada pelos que criam um vínculo através do qual a luz divina possa iluminar o mundo. Para isso, invocam a ajuda de Anjos, Espíritos da natureza e outros habitantes dos mundos invisíveis.
O ocultista utiliza o conhecimento e a vontade que aliado ao treinamento desenvolve sua consciência até torná-la a perfeita expressão da divindade, que está representada na Maçonaria pela construção do Templo.

Conclusão
Pode-se notar que a Maçonaria teve as mais diversas influências transmitidas por sábios e iniciados da Antiguidade. Daí sua divisão em numerosos ritos e denominações, alguns perpetuando os princípios fundamentais, outros criando novas ramificações, às vezes completamente alheia ao espírito genuinamente maçônico.




São José do Rio Preto, 26 de agosto de 2004



Nilson Lauro Bulgarelli, FRC e M:.M:.


Referências Bibliográficas: “Pequena História da Maçonaria – Autor: C.W.LEADBEATER – Editora Pensamento”
deo Rio Preto,o aprendido.e encontrar algum uma relaç? perfumaria.
la autentica, que tende a nro da Ordem?
 homem.


Eras Cósmicas

ERAS CÓSMICAS



O Universo é cíclico, logo tudo que ele contém também o é. A energia primeva da qual tudo emana, ao descer na escala vibratória, cria a polaridade, tornando-se dual. Daí em diante passa a predominar uma polaridade em um dado instante, em uma manifestação.
A predominância da polaridade inverte-se de momento a momento, criando ciclos de manifestação, ou interferindo, de certa forma, em todo universo físico. As estrelas, os planetas, os astros e demais componentes cósmicos, alteram seus estados de conformidade com a energia da qual esta sob influencia em um dado momento.
Voltando nossa atenção para a terra e nosso sistema solar, que nos dizem respeito, verificamos que a terra possui dois movimentos principais, quais sejam: Rotação e Translação.
O movimento de rotação nos da o dia e a noite, que representam duas fazes de um ciclo. O sol nasce ao leste e produz o dia em uma fase ativa, depois se põem à oeste e produz a noite em uma fase passiva.
O movimento de translação é aquele trajeto que a terra perfaz em torno do sol, e tem a duração de 365 dias e 6 horas. Esse movimento possui dois ciclos com duas fazes cada e produz as 4 estações do ano.
Esse movimento, traça o caminho percorrido pela terra ao redor do sol, e é chamado de Órbita terrestre ou Ecliptica.
Ecliptica significa não somente o caminho realmente percorrido pela terra ao redor do sol, como também o caminho aparente do sol ao redor da terra.
Tendo o céu como pano de fundo, parece-nos que o sol vai ocupando posições diferentes a cada momento.
Os antigos criaram desenhos de figuras, formados por estrelas que apareciam no céu. Cada constelação de estrelas que formava figuras, era batizada. Como a esfera celeste possui 360º, e foram criadas 12 constelações, cada uma ocupa uma área ou região no céu equivalente a 30º. Essas regiões são chamadas de casas zodiacais ou signos, e o conjunto de 12 casas é o zodíaco utilizado na astrologia. O sol percorre as 12 casas zodiacais em um ano e a posição ocupada em um dado momento, tem influencia nos fenômenos terrestres, e interferem em plantações, em nossas vidas e etc.
Mas o movimento de translação, gera um outro fenômeno muito importante, qual seja, a precessão dos equinócios.
Para entender esse fato, vamos verificar o que diz a astronomia.
Encontramos na astronomia, a afirmação de que o eixo imaginário da terra, não é perpendicular ao plano da ecliptica, mas sim inclinado.
Desta forma, existem dois pontos na eclíptica no qual o plano equatorial terrestre, cruza o plano da ecliptica.
Esses pontos são chamados de equinócios e ocorrem no dia 21 de março, portanto equinócio de outono, e no dia 23 de setembro, chamado de equinócio da primavera.
Como o eixo da terra ¨balança¨em seu movimento de rotação, logo, seu plano equatorial se atrasa em relação ao plano da ecliptica.
Esse atraso de um ano para outro, que é de cerca de 50¨, denomina-se precessão do equinócio. Assim sendo, para o sol ocupar exatamente o mesmo local no instante do equinócio, será necessário efetuar uma volta completa pêlos 12 signos do zodíaco, e sua duração é de 25750 anos.
Esse período de 25750 anos é chamado de ano sideral ou platônico.
Isto significa que, para a constelação de peixes estar no ponto vernal do equinócio de outono no dia 21 de março novamente, são necessários 25750.
Descontando-se o atraso de cerca de 50¨, após esse tempo a constelação que aparecerá no equinócio de outono, será a de aquário.
Se para percorrer o ano sideral, cujo trajeto é um circulo com 360º, demora-se 25750 anos, divide-se por 12 que são as casas zodiacais, tem-se 2146 anos, que é o mês sideral ou era sideral.
O atraso representa uma casa zodiacal no sentido inverso aos signos do zodíaco.
A passagem por cada um dos signos é, portanto de 2146 anos, e a terra estará sob influencia da casa zodiacal que ocupa, durante esse período.
Cada casa astral ou era cósmica, é regida por um elemento alquimico: Terra, Água, Fogo e Ar.
A era de aquário sendo regida pelo elemento AR, sofrerá as influencias de suas características, quais sejam: Liberdade, Rapidez, Elevação, A vida, O sopro vital, que transforma o homem material em alma vivente.
Por volta de 186 a.C., iniciou-se a Era de Peixes, regida pelo elemento água, que se prolongou até mais ou menos 1960. (fundação de Brasília)
Ligado ao simbolismo Peixes/Água, vemos o batismo de Jesus, os apóstolos pescadores.
A igreja se tornou a mãe comum de todos os povos, com um poder espiritual e temporal que se torna opressivo e castradora, impedindo o desenvolvimento cultural e privando-os (inquisição)
Esta Era é das grandes descobertas, avanço tecnológico e material.
A ciência liberta-se da religião e da um grande impulso.
Com o advento da Era de Aquário, surgem os movimentos de libertação do homem (não povo) e liberdade de pensamento.
O crescimento científico acumulado será utilizado para o homem.
Na Era de Aquário o homem voltará às suas origens no passado longínquo, em busca do homem Celeste.
As terapias alternativas como acupuntura, florais, meditação, cura prânica, Reik, apometria, e outras, começam a serem aceitas e reconhecidas, trazendo o bem-estar e ajudando indivíduos com problemas na alma, que geram a cristalização no corpo físico, denominadas como doenças.



NILSON LAURO BULGARELLI, FRC e M.`.M.`.
AGOSTO DE 2002



terça-feira, 22 de março de 2016

A Natureza Humana





O pensamento é o homem. Tal como pensa o homem em seu coração, assim ele é. Se acha que é um idiota, assim o será.
Aspirar, inspirar e pensar conduzem o discípulo à presença de seu próprio  Mestre Interno, que o guia, ensina e é seu censor.
O discípulo que quer se dedicar à vida superior encontrará a sabedoria na natureza, e a energia vital faz parte dela.
Seu carater tem que estar acima de toda mácula ou suspeita, sua reta conduta será seu caminho. Tem que dominar as paixões internas, se não quiser ser arrastado ao mundo inferior.
A meta do discípulo é a união com o Divino.
Há no homem duas energias inteligentes, que representam sua natureza superior e inferior.
O Eu Superior representa a natureza superior que o coloca em contato direto com a Divindade, da qual ele é o reflexo.
O Eu Inferior representa a natureza inferior e é o centro dos sentidos e dos desejos.
Com pratica o discípulo terá um desenvolvimento, que o colocará na presença dessas duas energias, que são nossas próprias criações.
Passara então a ver seu próprio interior, e poderá se guiar através dele.
Durante nossas vidas passadas, criamos essas formas mentais antagônicas: a superior que é a reunião de tudo que é mais elevado e luminoso de nossas aspirações e obras, a inferior que é a aglomeração de todas nossas paixões, desejos e atos.
O discípulo em sua jornada na senda, terá que aprender a aniquilar o Eu Inferior fazendo prevalecer o Eu Superior.
Como podemos tirar os poderes do inimigo interno?
Isto tem que ocorrer dentro do corpo. É através da inspiração, da aspiração e concentração.
Temos que ter pureza no que desejamos e no pensamento para poder receber e encontrar o que buscamos.
É necessário conhecer as leis naturais e espirituais para depois nos desenvolvermos com a pratica.
Com os ensinamentos de seu Mestre Interno, em quem depositou toda a sua confiança, o Aprendiz, para adquirir a arte da superação, chegou, depois de muito esforço em servir, ao merecimento de receber melhor salário e maiores luzes de conhecimentos.
Como Companheiro, o discípulo terá o trabalho como filosofia da Ação de Vida. A intuição e a ação como principal atividade, fará colocar em pratica os meios para atingir o conhecimento.


Nilson Lauro Bulgarelli, FRC, M.`.M.`.

Novembro 2002








terça-feira, 15 de março de 2016

Desiderata

DESIDERATA

"Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.
"Fale a sua verdade, clara e mansamente.
"Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.
"Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito. Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo.
"Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar. Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja ele é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
"Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. Mas não fique cego para o bem que sempre existe. Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
"Seja você mesmo.
"Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
"Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
"Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa. Não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
"Ao lado de uma sadia disciplina conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade.
"Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
"Procure, pois, estar em paz com Deus, seja qual for o nome que você lhe der. No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.
"Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito.
"Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade".
* DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração.
Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692.
Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard, Editado pela Ordem Rosacruz AMORC.


O Mestre Interior



O Mestre Interior



Muitas pessoas são levadas a procurar escolas, ordens ou fraternidades iniciáticas, geralmente com intuito de aprender ou assimilar algo. Porem quando são iniciadas, uma parcela fica perdida, sem saber o que quer ou o que esta fazendo dentro da organização.
Alguns acreditam que seguindo os preceitos da ordem e mantendo uma conduta reta, praticando a justiça, combatendo os vícios, e praticando a benemerência, estão progredindo e alcançarão a luz conforme foram instruídos quando do ritual de iniciação.
Ledo engano! Para alcançar a luz é preciso muito mais que isto. É obvio que elevando as virtudes e combatendo as injustiças, os vícios, alguma mudança ocorre com o lado psíquico da pessoa, mas se ficarmos somente com esta prática creio  muito difícil alcançarmos um desenvolvimento ao ponto de nos considerarmos Portadores de Luz.
É tarefa dos frateres mais adiantados, orientar os neófitos neste mister. Aqueles que esperam e almejam atingir a meta da plena expressão do ser, logo de inicio se apercebem que é preciso um trabalho árduo e intenso.
Os neófitos que estão propensos a alcançar seus propósitos, são tocados profundamente pelo simbolismo da iniciação e percebem que o esquife no umbral de iniciação, simboliza a morte do profano e o renascimento do Novo Homem. O despertar do Novo Homem.
Porem o que é o Novo Homem? Alguns místicos chamam este Novo Homem de o Verdadeiro Homem, o Homem Real, a Expressão Divina do Ser, Corpo Psíquico, o Mestre Interior e tantos outros. Fiquemos com Mestre Interior.
Ele é imortal, incorruptível e imaterial, ao passo que o homem que conhecemos é mortal, corruptível e material. Ele entra em nosso corpo juntamente com a Energia Essencial de Vida, ou Energia Vital no momento de nossa primeira inspiração.
Durante toda nossa vida vai procurar nos orientar em nossas decisões, mas não lhes damos ouvidos. Vamos reprimindo suas tentativas de expressar-se até o mantermos nos grilhões ficando aniquilado, passando a ser prisioneiro onde deveria ser rei.
 Em nossa jornada na senda, temos que aprender a libertar nosso Mestre Interior, pois ele conhece a verdade e representa a Expressão Divina de nosso ser.
Temos que aprender a dar ouvidos à sua voz e aí é que reside o maior problema do homem material, pois estamos acostumados a agir e pensar conforme nossa mente objetiva raciocina.
No momento que aprendemos a seguir nossa intuição, os problemas que enfrentamos em nossa vida diária, começam a ser resolvidos mais facilmente.
Podemos ouvir nosso mestre interior a qualquer momento mesmo no estado objetivo, quer seja, não é necessário entrarmos em transe ou estado meditativo, e nossa compreensão do mundo vai se tornando diferente, passamos a ter outra visão da vida.
Para tal, temos que aprender a ouvir com os ouvidos do Mestre, ver com os olhos do Mestre, sentir com o tato do Mestre e falar com a voz do Mestre. A caminhada para tal intento é íngreme e penosa como escalar uma montanha, porem como dizem os místicos “muitas são as vistas que se descortinam para aqueles que alcançam o cume da montanha”.
O neófito deve aprender que somos seres duais e ir alcançando os degraus da escada que o leva à ascensão celestial através de um sistema de estudos e práticas que gradativamente o colocará frente a frente com seu Mestre Interior, pois como é dito, quando o discípulo esta preparado o mestre se apresenta.
A concentração seguida da meditação são processos de introspecção e através destes e outros métodos preparamos e desenvolvemos o Mestre Interior para o advento de seu reino e de sua Maestria.
O corpo físico é o templo no qual habita o Mestre e onde ele tem permanecido aprisionado.
Libertemos pois o mestre interior para alcançarmos a Paz Profunda!



Nilson Lauro Bulgarelli, FRC, M.`.M.`.
     


Outubro de 2001




Mantova - O Sangue de Cristo

SÃO LONGINO E O SANGUE DE CRISTO 12/03/2016

 Mantova São Longino e o Sangue de Cristo


 A ORIGEM DE MANTOVA


 Gostaríamos de compartilhar com nossos amigos, uma de nossas experiências vividas em nossa viagem à Mantova – Itália, em Abril e Maio de 2015. Tivemos o privilégio de passarmos a sexta-feira Santa e a Pascoa, nesta cidade. Dentre vários pontos turísticos, destacamos hoje, a Basilica de Sant´Andrea, onde encontra-se a relíquia do Sangue de Cristo. Esta relíquia fica no subsolo da Basílica em um local lacrado à sete chaves, e só pode sair de lá uma vez por ano, justamente na sexta-feira da Paixão, e fica neste dia, na nave central da Basílica, vigiada enquanto permanece por lá, por dois guardas de gala da polícia do município. Há todo um cerimonial que é conduzido pelo Clero e autoridades municipais, em um ritual de longa duração acompanhado pela população. Pudemos acompanhar todo o cerimonial e ficarmos muito próximos da relíquia. Segue uma breve descrição da cidade de Mantova e um pouco da história de São Longino.


 Segundo a mitologia Manto, filha de Tirésias, fugiu de Tebas após a morte de seu pai, partindo para uma longa viagem. Manto começou a vagar por diversos países até parar em um território completamente pantanoso. Ali, as suas lágrimas de saudades criaram um lago com uma propriedade mágica de conferir capacidades proféticas para aqueles que ali matassem a sua sede. Manto casou-se com Tosco e seu filho Ocno fundou às margens do lago uma cidade de nome “Mantua” em homenagem a sua mãe. Essa lenda é contada por Virgílio na Eneida e por Dante Alighieri, na Divina Comédia Humana - 20º. Canto – Inferno. Fonte: Página oficial da Província de Mantova - Facebook 

Piazza Andrea Mantegna.

Há poucos passos da Piazza delle Erbe se encontra a Piazza Mantegna que abriga a basílica renascentista dedicada a Santo André. A Basilica di Sant’Andrea é a maior igreja de Mântua e foi construída no local onde se deu a descoberta da relíquia de Sangue de Cristo.





 Longino, um dos centuriões que vigiavam a cruz do Senhor por ordem de Pilatos, foi quem perfurou o flanco do Senhor com a lança, mas vendo os prodígios que então aconteceram - o sol ficou escuro e a terra tremeu -passou a acredi­tar em Cristo. Dizem que isso se deveu ao fato de algumas gotas do san­gue de Cristo terem escorrido pela lança e caído em seus olhos, até então turvados por doença ou por velhice, e que imediatamente passaram a ver com nitidez. Primeiro cabe falar da basílica em si mesma, da arquitetura arrojada e da decoração rica, criativa e bela. Começou a ser construída no século XV e só foi terminada no século XVIII. É bonita demais! Não tem uma só pilastra. Seus enormes vãos livres, tanto na nave central quanto nas cúpulas, são, ao mesmo tempo, um desafio e um feito extraordinário da arquitetura. Sem dúvida um monumento ao gênio humano. As capelas laterais, que formam o braço da cruz, são, também, enormes, desprovidas de pilastras e artisticamente decoradas. Uma delas, à esquerda, guarda um quadro de Andrea Mantegna, "Sagrada Família", o que, por si só, já justificaria a visita. Os artistas que fizeram as pinturas que a decoram, usaram e abusaram (no melhor sentido) da técnica do "trompe l'oeil", aquela em que a pessoa que aprecia tem a visão iludida porque fica com a impressão de que está diante de esculturas e não de pinturas. Sensacional! Quanto ao aspecto religioso propriamente dito, a Basílica tem uma rica história, ditada pela tradição cristã. O seu coração, o ponto central, é um octógono, com uma placa de bronze no centro, onde estaria guardado o sangue de Cristo, trazido diretamente do Gólgota para Mantova pelo soldado romano Cassius Longinus. Reza o Evangelho de João (19:34) que "...um dos soldados abriu-lhe o lado com sua lança, e imediatamente saiu sangue e água". Pois bem Longinus seria o tal soldado. Sofria de uma doença nos olhos e, ao ser tocado por gotas do sangue que caia, ficou curado. Converteu-se, guardou o sangue numa ampola e veio escondê-la em Mantova, onde acabou martirizado. Estaria enterrado no local onde hoje está a Basílica. É venerado pela Igreja Ortodoxa como Mártir e pela Católica como Santo. Aí está o nosso São Longuinho, aquele para quem se apela, dando três pulos, quando se perde alguma coisa e se quer a ajuda do santo para achá-la. Essa tradição, também conhecida dos italianos, decorre do fato dele ter escondido/guardado o sangue de Cristo e, em razão disso, ser patrono dos que perderam algo. Sem dúvida uma tradição muito interessante. Portanto, a Basilica di Sant'Andrea di Mantova é rica em todos os sentidos, razão pela qual deve ser visitada; inclusive pelos que não creem, mas gostam de adquirir novos conhecimentos e ver coisas bonitas, enriquecendo-se culturalmente.

Clarice no interior da Basílica de San´Andreas.




Cúpula central da Basílica.




Urna onde se encontra os Cálices com o Sangue de Cristo, fica no subsolo da Basílica.
Esta é a vista frontal da urna.



Vista posterior da urna.



Nilson junto a urna.



Vista da cidade de Mantova.